Um complemento ao que escrevi sob o título “Grande Família”,
e o blog sobre famílias Ruschel e Heberle.
Obtive o principal link sobre o assunto, em grupo de
genealogia (SC e RS) no Facebook.
Temos duas árvores de família, a genealógica e a genética.
Qual a diferença entre uma árvore genealógica e uma arvore
genética?
A distinção é que a árvore genealógica abrange todos os
ancestrais, e a árvore genética somente os ancestrais que realmente legaram DNA
para você.
A genealógica torna-se interessante na medida em que é a
história da família, mais do que simplesmente uma relação de nomes e datas
relativas aos ancestrais. E o parentesco pode ser indicativo de tradições
culturais. Assim, alguém poderá ter influenciado descendentes em usos e
costumes. Isto, ainda que não seja seu ancestral genético, e sim apenas
genealógico.
A genética indica mais as características físicas e
biológicas transmitidas de geração em geração, incluindo distúrbios de saúde.
Já são obteníveis mapeamentos sobre ancestralidade genética.
Quantos ancestrais compartilham nosso DNA?
Um indivíduo, de forma aleatória pode não deixar nenhum DNA
a um descendente longínquo (como a um tataraneto). E, por isto não aparecer na
árvore genética do descendente, embora seja seu ancestral genealógico.
A dez gerações pode haver aproximadamente 1024 ancestrais
por parentesco.
Quantos destes ancestrais fazem parte da nossa árvore
genética?
Considerando a chance de 50% de obter de cada um dos pares,
teríamos no máximo 46 ancestrais
genéticos (igual nossos pares de cromossomos). Isto é subestimar, pois o DNA não é passado como um
cromossomo inteiro. Ocorrem recombinações, o que estanca perdas e permite que
haja mais de 46 ancestrais contribuindo para nosso DNA.
Estudos foram efetuados com simulações, levando em conta recombinações.
Após dez gerações, apenas 12% dos ancestrais genealógicos seriam tambem
ancestrais genéticos. A probabilidade de todos os ancestrais genealógicos serem
tambem ancestrais genéticos diminui rapidamente a cada geração. São 99.6% de
serem 16 trisavós, todos. 54% os 32
tetravós. E somente 0,01% todos os 64 penta avós. Apenas cinco gerações de
parentes são suficientes para redução da sua árvore de DNA, em relação à árvore
genealógica.
O número de ancestrais genéticos inicia crescendo exponencialmente,
depois tende a se estabilizar em torno de 125. Na décima geração com o máximo
de 1024 ancestrais genealógicos, 120 são os ancestrais genéticos.
Finalmente, há um dado interessante relativo às
recombinações genéticas. Devido a estas, somos geneticamente, em média
ligeiramente mais aparentados com a linha materna. Na décima geração, 14% à
linha materna (mãe, avó da mãe, etc.) e 11% à linha paterna (pai, avo do pai,
etc.).
São dados interessantes a considerar ao estabelecer
objetivos de pesquisas sobre famílias e parentescos, seja em genealogia, seja
em mapeamentos genéticos.